História e principais
regras do handebol
Atribui-se a invenção do handebol ao professor Karl
Schellenz, da Escola Normal de Educação Física de Berlim, durante a Primeira
Guerra Mundial. No início, o handebol era praticado apenas por moças e as
primeiras partidas foram realizadas nos arredores de Berlim. Os campos tinham
40 x 20 m, e eram ao ar livre. Pouco depois, em campos de dimensões maiores, o
desporto passou a ser praticado por homens e logo se espalhou por toda a
Europa.
Em 1927, foi criada a Federação Internacional de Handebol
Amador (FIHA), porém, em 1946, durante o congresso de Copenhague, os suecos
oficializaram o seu handebol de salão para apenas 7 jogadores por equipe,
passando a FIHA a denominar-se Federação Internacional de Handebol (FIH), e o
jogo de 11 jogadores passou para segundo plano.
Em 1933 foi criada a federação alemã que, três anos depois,
introduzia o handebol nos Jogos Olímpicos de Berlim. Em 1954, a FIH contava com
25 nações. No dia 26 de fevereiro de 1940, foi fundada, em São Paulo, a
Federação Paulista de Handebol, mas o desporto já era praticado no Brasil desde
1930. Até 1950, a sede da FIH era na Suécia. Transferiu-se no ano seguinte para
a Suíça.
A primeira vez que o handebol foi disputado em Jogos
Olímpicos foi em 1936, depois foi retirado e voltou em 1972, já na sua nova
versão (de 5 jogadores) e em 1976 o handebol feminino também passou a fazer
parte dos Jogos Olímpicos.
Nos Jogos de 1936, disputou-se uma única vez o handebol de
campo, com onze jogadores de cada lado. O desporto voltou a ser olímpico nos Jogos
de 1972, já com as regras atuais.
Regras
Campo: A
quadra deve ser retangular, com comprimento de 38 a 44 metros e uma largura de
18 a 22 metros. A baliza terá largura interior de 3m e altura de 2m.
Duração da partida: A duração de cada tempo "neste caso são dois"
é de 30 minutos, com um intervalo de 10 minutos. Uma equipe é composta de 6
jogadores de campo e um goleiro.
Manejo de bola: É Permitido: Lançar, parar e pegar a bola, não importa de que maneira,
com ajuda das mãos, braços, cabeça, tronco, coxa e joelhos (menos os pés). Segurar
a bola durante o máximo de 4 segundos mesmo se ela está no chão. Fazer o máximo
de 3 passos com a bola na mão. Conduzir ou manejar a bola com os pés não é
permitido.
Comportamento com o adversário: Utilizar os braços ou as mãos para se apoderar da
bola. É permitido tirar a bola da mão do adversário, com a mão aberta, não
importa de que lado e bloquear o caminho do adversário com o corpo. É PROIBIDO
arrancar a bola do adversário com uma ou com duas mãos, assim como bater com o
punho na bola que o mesmo tem nas mãos.
Área do gol: Somente o guarda redes pode permanecer na área de golo. O adversário que
entre nessa área é punido com um tiro livre. Os jogadores que invadirem as
áreas de gols, depois de ter lançado a bola, é sujeito a uma punição.
Lance lateral: O lance lateral é ordenado, desde que a bola tenha transposto
completamente a linha lateral. E tem que ser cobrado com um pé sobre a linha
lateral da quadra e outro fora. Pode-se passar ou até mesmo fazer o gol, mas
pode passar para o goleiro.
Tiro de meta: O tiro de meta é ordenado nos seguintes casos: quando antes de
ultrapassar a linha de fundo, a bola tenha sido tocada, em último lugar, por um
jogador da equipe atacante ou pelo goleiro da equipe defensora, estando este
dentro de sua área de gol.
Lance de escanteio: O lance de escanteio é ordenado desde que a bola
tocada pela equipe defensora ultrapasse a linha de fundo. O lance é executado
no ponto de interseção da linha de fundo e a linha lateral.
Tiro Livre: É ordenado tiro
livre nos seguintes casos: entrada ou saída irregular de um jogador, lance de
saída irregular, manejo irregular da bola, comportamento incorreto com o
adversário, execução ou conduta irregular no lance livre e no lance de sete
metros; conduta antidesportiva.
Lance de 7m: Esse lance é ordenado com uma falta grave sobre o adversário.
Tiro de Árbitro: O tiro de árbitro é marcado quando, mantida a bola dentro da quadra e
fora das áreas do goleiro, ocorrer: falta simultânea de jogadores das duas
equipes; interrupção do jogo por qualquer razão, sem infração às regras.
Arbitagem: O
jogo é dirigido por dois árbitros assistidos por um secretário e um
cronometrista.
HANDEBOL
TÉCNICA DEFENSIVA - COMO MARCAR
Durante uma partida, as ações defensivas e ofensivas alternam-se de tal
forma que pela lógica deverá prevalecer o resultado positivo em favor da equipe
que conseguir maior número de tentos e se defender melhor, evitando que o
adversário tenha êxito em sua ação ofensiva.
Geralmente, a preocupação dos jogadores é com treinamentos ofensivos,
descuidando-se muitas vezes dos defensivos, atitude essa que deixará a equipe
desequilibrada.
POSSE DA
BOLA
O handebol é um jogo que exige movimentação constante. Portanto, para que
não haja confusão, é importante que toda a equipe saiba movimentar-se
conjuntamente dentro da quadra e que cada jogador conheça a própria função.
Os
técnicos desportivos estudaram e desenvolveram várias maneiras eficientes de
uma equipe atacar e defender-se. Estas maneiras são chamadas sistemas
táticos.
No
handebol, como nos demais desportos coletivos, a preocupação de uma equipe deve
ser a de ter a posse da bola durante o maior tempo da partida,
para atacar o maior número de vezes seu adversário e marcar os gols de que
precisa para vencer. O jogador, tão logo tenha completado uma jogada ofensiva,
deve estar preocupado em recuperar a bola o mais rápido possível. E deve ser
feito sempre sem faltas, de forma legal.
Para que isso aconteça, o jogador
deve dominar perfeitamente os fundamentos defensivos, marcar bem, ser
determinado, ter sempre iniciativa no ato de querer tomar a bola, sem ser
violento com o adversário.
Posição básica defensiva do jogador
Pernas afastadas, um dos pés um pouco avançado, pernas ligeiramente
flexionadas, braços levantados acima dos ombros.
Como deslocar-se na posição defensiva
Deslocar-se para frente, para trás e para os lados, evitando cruzar as pernas
ou saltar para não perder o equilíbrio caso o adversário faça fintas;
antecipar-se no sentido de ocupar espaços, impedindo as progressões e mesmo a
passagem do adversário.
Movimentação constante dos braços
Utilizar os braços e as mãos para se apoderar da bola não dominada pelo
adversário, interceptando passes, na disputa da bola rebatida, nas atitudes de
defesa dos arremessadores.
Saber fazer uso do corpo para obstruir a ação do adversário
Barrar com o tronco o caminho do adversário, mesmo que ele não esteja com a
posse da bola.
Sistema de marcação individual
A defesa individual deve ser a mais utilizada por aqueles que estão começando a
jogar. Neste tipo de defesa, a habilidade de cada defensor é fundamental, pois
ele é diretamente responsável por um atacante. Caso este defensor falhe, a
equipe deverá dar cobertura necessária fazendo trocas de marcação. Esta
situação ou condição favorece a que cada defensor não fique limitado a sua ação
individual de simplesmente marcar um dos atacantes, mas estar concentrado no
jogo para desenvolver uma visão periférica observando todo o jogo e aprendendo,
assim, a fazer trocas e coberturas quando necessárias.
Quando está na defesa, o jogador deve:
·
sempre se
manter entre a própria baliza e o adversário;
·
procurar
atrapalhar os movimentos do adversário que está de posse da bola, mas sem
cometer faltas desnecessárias . Não pode agarrar, empurrar ou segurar o
adversário;
·
acompanhar
atentamente todas as jogadas da equipe atacante. Nunca deve perder a bola de
vista;
·
fazer a
marcação tão mais próximo do atacante quanto mais próximo estiver ele da área
de goleiro;
·
procurar
levar o atacante para as laterais da quadra. Assim, o adversário terá menor
espaço para movimentar-se;
·
estar
preparado para iniciar rapidamente um contra-ataque tão logo consiga
neutralizar um ataque.
SISTEMAS TÁTICOS DO HANDEBOL
TÁTICAS
DE DEFESA
No
handebol, temos várias possibilidades táticas para a defesa. A equipe pode utilizar
a defesa individual, por zona ou combinada.
Como
ocorre com as táticas de ataque, temos também com as táticas de defesa uma
série de elementos para observar, se almejamos uma defesa eficiente. Vamos
destacar os pontos em que uma equipe deve concentrar-se quando está na defesa:
·
cada
defensor deve observar atentamente o atacante que está sob sua
responsabilidade;
·
os
defensores precisam ajudar-se mutuamente, dando cobertura e ocupando os
espaços;
·
fechar a
defesa perante um atacante com posse de bola ( evitando ou dificultando seu
arremesso );
·
incomodar
sempre o atacante com posse de bola ( tentando tirar-lhe a bola ).
RETORNO A DEFESA: assim que a equipe perde a posse de bola
no ataque a equipe deverá retornar o mais rápido possível à defesa,
principalmente quando é dado ao adversário a possibilidade de um contra-ataque.
O retorno deverá ser feito no trajeto mais curto, mesmo que os jogadores não
possam ocupar a sua verdadeira posição de defesa.
2) DEFESA TEMPORÁRIA: nesta
fase o jogador encontra-se fora de sua posição de defesa, pois procurando
voltar para impedir o contra ataque do adversário por um caminho mais curto ele
jogará temporariamente fora de sua posição de melhor rendimento.
3) ORGANIZAÇÃO DA DEFESA: nesta
fase os defensores esperarão a oportunidade para retornar ao seu setor de maior
rendimento. Oportunidade esta que poderá ser:
- organização do ataque;
- tiro livre;
- cobrança de lateral, etc.
4) DEFESA ORGANIZADA: acontece
nesta fase a utilização do sistema defensivo, treinado pela equipe.
Posição Básica de um
jogador na Defesa
Cômodo afastamento lateral das pernas que estarão semiflexionadas à
frente, braço na vertical semiflexionado, palma das mãos voltadas para frente,
cabeça erguida e com atenção voltada para o jogador e a bola.
Movimentação na Defesa
Um defensor deverá estar sempre em movimentação para responder o mais
rápido possível, a uma situação de perigo representados pelas ações do
adversário.
Durante um jogo de handebol a defesa executa os seguintes movimentos:
- Para a lateral, para frente e para trás em diagonal.
Forma de Marcação
1) MARCAÇÃO DE OBSERVAÇÃO: É a
observação constante e precisa de seu correspondente em relação à bola.
2) MARCAÇÃO CERRADA: É a
aproximação direta e de forma segura ao seu oponente correspondente, que está
de posse da bola a fim de dificultar a ação do ataque.
3) MARCAÇÃO DE INTERCEPTAÇÃO: É a
maneira pela qual o defensor se coloca entre o adversário e a trajetória da bola,
mas, somente utilizará esta forma com absoluta certeza de interceptação.
Marcação Individual
É feita quando cada jogador tem seu adversário definido para marcar e a
equipe perde a posse da bola.
Esta forma de marcação é usada somente no início da aprendizagem, para
que a criança perceba sua ação conjunta contra a equipe adversária e não se
preocupe em jogar só por causa da bola.
Princípios da Marcação
Individual
Ficar sempre entre o adversário e sua própria baliza, se o atacante
estiver longe da baliza, à distância entre atacante e defensor também será
maior, quanto mais próximo o atacante estiver da balizas, mais próximo o
defensor deve marcá-lo.
O adversário deve estar sempre sob o controle visual para poder
acompanhar todos os movimentos e eventualmente até prevê-los.
A marcação individual ainda hoje é utilizada, em determinadas situações
e com intenções especiais, que podem ser:
I- Contra equipes mais fraca tecnicamente,
II- Contra equipes mais fracas fisicamente,
III- Contra equipes mais fraca física e tecnicamente,
IV- Quando estamos em superioridade numérica,
V- No final da partida para tentar reverter um resultado desfavorável.
VANTAGENS
- A bola pode ser recuperada mais vezes, contra uma equipe mais fraca
- Surpreende a equipe adversária,
- Desorganiza o ataque adversário
DESVANTAGENS
- Aumenta desgaste físico da equipe defensora,
- Aumenta o numero de faltas, advertências e exclusões,
- Quase não é possível cobertura.
Marcação por Zona
Cada jogador fica responsável por uma faixa de área que deve proteger,
guardando e dando combate aos adversários que por ali transitarem com ou sem
bola.
VANTAGENS
- executar com eficiência a marcação, mesmo com inferioridade numérica;
- compensar através de cobertura uma falha de um defensor;
- passar para o contra-ataque com maior eficiência, pois se tem o
controle visual da bola e dos jogadores;
- obrigar o adversário a agir em conjunto, trocando passes, o que
facilita a interceptarão e contra-ataque.
-a defesa, executa a cobertura nas saídas para dar combate, assim como
a formação de barreiras, por jogarem lado a lado
DESVANTAGEM
Formação pode ser lenta, até que todos tomem seus lugares, permitindo a
ação rápida do adversário, obrigando aquele que foi para o ataque a não se
esquecer de voltar, tão logo se perca a bola, pois pela zona do jogador que não
voltou a tempo é que pode ser executada a penetração.
Finalidade da Marcação
por Zona
- Dar sentido de responsabilidade coletiva;
- Dar oportunidade de cobrir uma falha do companheiro;
- Reduzir os arremessos a gol;
- Dificultar a movimentação do adversário nos seis metros, evitando
infiltrações;
- Obrigar o adversário a movimentar a bola fora dos nove metros,
facilitando com isto a interceptação;
- Equilibrar a inferioridade da defesa;
- Pode-se dizer que o segredo do sistema defensivo por setor se apóia
em sua constante mobilidade.
- Os sistemas defensivos por setor são: 6:0, 5:1, 4:2, 3:3 e 3:2:1.
Marcação Mista ou
Combinada
Em jogo, não podem realizar-se uma defesa homem a homem pura (sem troca
de adversário) nem uma defesa à zona pura (conservação permanente da posição
defensiva sem trocas breves dos defesas entre si), visto que os meios de que os
avançados dispõem são múltiplos, de tal modo que também a defesa deve encontrar
a utilizar meios diferenciados (combinações da defesa homem a homem e da defesa
à zona). A defesa mista é a combinação da defesa individual e por zona.
No handebol são usados sistemas defensivos como o 3x2x1, 5x1, 6x0, 4x2,
3x3 e 1x5. O sistema mais utilizado é o 6x0, onde se encontram 6 jogadores
defensivos posicionados na linha dos 6 metros. A defesa 5x1 também é bastante
utilizada onde 5 jogadores se posicionam na linha dos 6 metros e um jogador
(bico ou pivô) se posiciona mais à frente que os outros. Não existem categorias
e idades exatas para se utilizar cada tipo de defesa, isso depende da postura
tática do defensor e, principalmente, da postura da equipe adversária. Além
disso, nos jogos entre equipes de alto nível técnico, é comum a variação de
formações de defesa durante o jogo, com o objetivo de confundir o ataque
adversário.
Sistema defensivo 6x0
É um sistema que se caracteriza por apenas uma linha de defesa com os
seis jogadores atuando próximos a linha dos seis metros, e os mesmos
deslocam-se de acordo com a trajetória da bola, para a direita e esquerda, para
frente e com retorno em diagonal para linha dos seis metros.
As posições defensivas neste sistema são: ponta esquerda, meia
esquerda, central esquerdo, ponta direita, meia direita, central direito.
Utiliza-se contra equipes em cujo coletivo se encontre um grande número
de jogadores de seis metros de elevado nível e às quais faltem, contudo, bons
especialistas em arremessos de meia distância. A defesa é vulnerável aos
arremessos de meia distância e pressupõe um goleiro acima da média. O sistema
6X0 pode aplicar-se também ofensivamente, o que, porém não é vulgar.
VANTAGENS
- É muito ampla, diminuindo assim os espaços junto à área de gol,
dificultando o trabalho de alas e pivôs,
- As tarefas dos defensores são claras, compreensíveis e modificam-se
pouco durante o jogo,
- Defensores extremos podem partir tranquilos para contra-ataque, pois
a área da baliza é suficientemente coberta pelas demais,
- Dá boa margem a cobertura.
- Não permite arremesso de curta distância e penetrações próximo a área
de gol.
DESVANTAGENS
- Frágil nos arremessos de meia distância,
- Perturba-se pouco a liberdade de movimentação do adversário,
- Pouco eficaz para roubar a bola.
- Permite arremessos de média e longa distância e não permite
contra-ataques rápidos.
O Sistema Defensivo 6x0 Este sistema de
defesa é a base de todos os demais. Os seis jogadores são distribuídos em torno
da linha dos seis metros, sendo que cada defensor é responsável por uma
determinada área na zona de defesa.
Sistema defensivo 5x1
São cinco jogadores na primeira linha e um
fazendo marcação individual, geralmente no jogador que mais se destaca no
ataque adversário.
Formada por duas linhas de defesa, uma com cinco jogadores próximo a linha de
seis metros e a segunda com um jogador sobre a linha dos nove metros. O jogador
avançado deve ser rápido, ágil e resistente, não tendo muita importância a sua
estatura. As suas tarefas são: não permitir arremessos de longa distância (zona
central da baliza); evitar que seja feito um passe para o pivô; perturbar o
jogo dos atacantes nos arremessos de longa distância e interceptar passes;
auxiliar especialmente os defensores lateral esquerdo e direito na luta contra
os armadores; iniciar o contra-ataque.
Utiliza-se este sistema contra equipes com bons jogadores de seis
metros e um bom passador e especialista em remate de meia distância. Este
sistema tem muitas facetas na sua aplicação uma vez que pode utilizar-se tanto
de maneira muito ofensiva como muito defensiva.
Defensiva: os defensores saem pouco, até os armadores e limitam-se mais
aos bloqueios de longa distância.
Ofensiva: laterais esquerdo e direito saem até a linha dos nove metros
e atacam o adversário com a bola. Com este comportamento ofensivo nasce uma
defesa espástica, com profundidade e largura, que passa de uma defesa 5 X l
para uma 3 X 2 X 1 ou 3 X 3 e volta para 5 X 1.
VANTAGENS
- Não permite arremessos de média e longa distância e possui um
contra-ataque rápido do jogador que está adiantado;
- Tem amplitude e em relação ao ataque tem profundidade especialmente
na zona central de defesa;
- Eficiente contra arremessos de média e longa distância;
- Perturba o ataque;
- O pivô pode ser bem marcado;
- Dá boa margem de cobertura.
DESVANTAGENS
- Permite arremesso de curta distância;
- Permite infiltrações;
- Fraca quando há dois pivôs.
Sistema defensivo 4x2
Esse sistema é utilizado contra equipes com dois
especialistas de arremessos de meia-distância, cujo jogadores de seis metros
são de pouca técnica. Quatro jogadores (defensores laterais e centrais) ocupam
a zona dos seis metros e dois jogadores (defesas avançadas) colocam-se na zona
dos nove metros.
Sistema composto por duas linhas laterais. A primeira linha é composta por dois
jogadores próximos à linha de nove metros e a segunda linha é composta por
quatro jogadores próximos a linha de seis metros. Os defensores da primeira
linha utilizarão movimentos laterais, impedindo as infiltrações dos atacantes.
Os defensores da segunda linha utilizarão movimentos laterais, para frente e
parta trás e diagonais, evitando arremessos de longa e média distância e ainda
procurarão interceptar passes ou dificultar a execução dos mesmos..
Geralmente é utilizado contra ataque com dois pivôs e dois bons
armadores.
Utiliza-se este sistema contra equipes com dois especialistas em
arremessos de meia distância e cujos jogadores de seis metros não tem quaisquer
capacidades especiais no jogo.
VANTAGENS
- Pode ser bem utilizado contra um ataque com dois pivôs;
- Forte na zona central;
- Tem amplitude e profundidade;
- Dificulta arremessos de curta e longa distância;
- Dificulta passes.
DESVANTAGENS
- Fraca contra ataque 3:3;
- Facilita os ataques dos pivôs;
- Cobre bem a zona central da defesa com sua amplitude e profundidade.
Sistema defensivo 3X3
É um sistema com três jogadores atuando à frente da área do tiro livre,
e três infiltradores (pivôs) dentro da área, colocados eqüidistantes próximos à
linha da área do goleiro. É um dos sistemas mais ofensivos em termos de
agressividade próximos à área do goleiro.
É considerado o mais arriscado de todos os sistemas por zona, formado
por duas linhas de defesa, uma com três jogadores próximos a linha dos seis
metros, outra com três jogadores sobre a linha dos nove metros. Sofre mudanças
constantes na sua estrutura, variando para 4:2, 3:2:1 e 5:1. Têm por objetivo
neutralizar as investidas das equipes que se utilizem arremessos de nove
metros.
VANTAGENS
- Oferece boas possibilidades de contra-ataque;
- Dificulta arremessos de nove metros.
DESVANTAGENS
- Ineficiente contra equipes bem organizadas;
- Facilita as infiltrações.
- Dificulta a cobertura.
Sistema defensivo 3x2x1
Para diferenciar dos outros sistemas defensivos
por zona, esta defesa tem três linhas defensivas. O defensor lateral direito,
esquerdo e central formam a primeira linha defensiva junto à área dos seis
metros. O defensor lateral direito e esquerdo formam a segunda linha de defesa,
que se situa a cerca de dois passos à frente da linha de seis metros. O
defensor avançado forma a terceira linha defensiva, na linha dos nove metros.
É formada por três linhas de defesa, uma com três jogadores sobre a linha de
seis metros outra com dois em uma linha intermediária entre seis e nove metros
e a terceira linha sobre os nove metros com um jogador.
Essa defesa nasceu em 1960 na Iugoslávia, mais objetivamente em Zágreb
com seu precursor Vlado Stenzel. A designação 3.2.1 é resultante da ordenação
dos jogadores num momento particular que coincide com a fase em que a bola se
encontra no central atacante.
Trata-se de uma defesa universal, isto é, uma defesa que é ao mesmo
tempo zonal, individual e combinada. De acordo com o sistema ofensivo que se
enfrenta, reage para converter-se em outro sistema defensivo. É o sistema que
melhor proporciona contra ataques devido às posições escalonadas e mais
adiantadas dos jogadores.
Objetivo – Neutralizar completamente à movimentação adversária se antecipando
no central atacante impedindo-o de executar o passe para a infiltração no
bloqueio defensivo.
VANTAGENS
·
Pode
adaptar-se facilmente quando o adversário muda sua forma de ataque, em
princípio sem modificar-se;
·
Jogador
de posse de bola está constantemente vigiado por dois defensores;
·
Tem
amplitude e profundidade, jogada ofensivamente perturba o jogo dos atacantes na
zona de arremesso de meia distância;
·
Oferece
boas possibilidades para contra-ataque.
DESVANTAGENS
·
Só pode
ser eficiente com muito movimento (desgaste físico);
·
Fraco
contra um jogo bem organizado com dois pivôs e bons extremos.
TÁTICAS DE ATAQUE
Ao conseguir a posse da bola, a equipe deve passar imediatamente à ação
ofensiva, tentando em primeira instância o contra-ataque. Este se concluirá
mediante lances individuais e ação coletiva, organizado em esquemas prévios
para o melhor aproveitamento das qualidades individuais.
A esquematização dependerá da ação individual dos jogadores e da
perfeita execução dos movimentos necessários para se vencer o bloqueio
adversário.
Na formação dos sistemas, os jogadores receberão funções conforme suas
características naturais: os armadores são jogadores com visão global do jogo,
liderança natural na equipe e na distribuição das jogadas, grande habilidade
com a bola, tenham bom índice de aproveitamento nos chutes à distância boa
recuperação no corte do contra-ataque adversário e armação do sistema
defensivo; os infiltradores, também chamados pivôs, serão jogadores ágeis,
fortes e habilidosos nos dribles e na execução dos arremessos especiais, e os
pontas também chamados extremos, serão jogadores velozes, com habilidade nos
arremessos com salto e queda, rápidos nos dribles e na troca de passes nos
contra-ataques.
A tática consiste na melhor utilização dos elementos segundo suas
qualidades individuais, nas situações e posições adequadas.
Os jogadores que atuam fora da área de tiro livre, armam as jogadas,
principalmente os do meio, responsável pela variação e opções durante o ataque,
armando de um lado da quadra, ou do outro, ou mesmo pelo centro, como convier.
Os armadores, na troca de passes, devem procurar servir o pivô, ou. se
não receberem combate, executarão os arremessos de longa distância ou
penetrarão utilizando na finalização os arremessos com corrida e salto.
Os pivôs atuam próximo da linha da área de gol e na parte frontal da
baliza, onde o ângulo de arremesso é maior, facilitando a conquista do gol; ao
receberem o combate dos defensores, lançam mão dos arremessos especiais com
giros, saltos, quedas e reversão.
Uma equipe de handebol está no ataque, quando está com a posse de bola
ou quando a circunstância indica que o adversário perde a bloca por um erro
técnico, por falta de ataque ou joga a bola para fora.
Ataque posicional: Nem sempre é possível ultrapassar o adversário: ou
este regressou mais rapidamente à defesa, ou a bola foi rematada ao lado da
baliza ou saiu do campo de outra maneira. Este modo, decorre um curto período
de tempo até que a bola regresse ao jogo.
Segue-se um ataque posicional, que se utiliza quando:
a) A defesa está formada e já não é possível
ultrapassá-la no meio campo
b) Deve-se
retardar o jogo
c) Deve-se poupar energias
Na primeira fase das ações ofensivas, os jogadores correm para
determinadas posições e começam, a partir daí, o jogo de ataque. Aconselha-se
que três jogadores se dirijam imediatamente e o mais rapidamente possível para
as imediações da baliza adversária a fim de receberem a bola e não permitirem
qualquer descanso ao adversário. Seguem-se os restantes jogadores.
A primeira fase do ataque posicional, ataque contra uma defesa já
formada, conclui-se quando os jogadores ocuparem, em frente da baliza
adversária, as suas posições específicas determinadas a partir do sistema.
Começa então a segunda fase, o desenvolvimento do jogo de ataque perigosos para
a baliza. Distinguem-se, nesta fase, a parte dos sistemas que se abordarão mais
tarde, vários tipos de comportamento tático de cada jogador e de grupos de
jogadores, os quais se resumem no conceito de tática de uma equipe no ataque.
Existem dois tipos básicos de táticas de ataque
no handebol: 5 x 1 e ataque 4 x 2.
Essas táticas permitem que a equipe posicione
seus jogadores de forma adequada em relação às suas características ( como
altura, força, nível de habilidade técnica, entre outras ), atingindo o melhor
rendimento possível.
No ataque 5 x 1 a equipe terá apenas um pivô,
enquanto no ataque 4 x 2 terá dois pivôs.
O ataque 5 x 1 é mais simples e mais utilizado,
e o ataque 4 x 2 é uma variação do anterior, que busca evitar a saída dos
defensores, fixando-os junto à área do goleiro.
Como principais formas de se atacar em um jogo de
Handebol, podemos citar:
Ataque em circulação: neste sistema de ataque os
jogadores precisam manter-se em movimento o tempo todo, e precisam também mudar
o posicionamento em quadra.
Ataque posicionado: no ataque posicionado todos
os jogadores possuem posição fixa em quadra, sendo que apenas a bola é quem
circula entre eles.
Ataque combinado: este sistema é uma mistura dos
dois antes mencionados, pois há jogadores que ocupam posições fixas em quadra
enquanto outros trocam de posição e se movimentam em quadra.
O sistema de ataque mais utilizado é,
normalmente o 3:3, principalmente para iniciantes, devido a sua melhor
assimilação pelas crianças e jogadores menos experientes.
No sistema 3:3 se joga com três armadores, dois
extremas e um pivô.
Já no 4:2, joga-se com dois armadores, dois extremas
e dois pivôs.
Os outros sistemas ofensivos do handebol serão
explicados mais detalhadamente a seguir.
Sistema Ofensivo 6:0
É um sistema com seis
jogadores atuando à frente da área de tiro livre, eqüidistantes, procurando
ocupar toda à frente da área. Os jogadores procuram trocar passes na tentativa
de conseguirem penetrar ou obter condições vantajosas para executar os
arremessos de longa distância. É o sistema mais simples sendo indicado para a
ofensiva, continuando na mesma faixa de campo, dando aos alunos noção de ataque
organizado, sem perder a estrutura defensiva, importante quando perder a posse
da bola. Esta formação ofensiva não prevê o emprego de pivô, e as jogados são
armadas fora da área de tiro livre, prevalecendo os arremessos de longa
distância e as penetrações laterais.
Deve-se orientar os armadores
para fazerem a armação das jogadas pelas laterais, trazendo a defesa mais para
um dos lados e conseguindo a possibilidade de penetração pelo lado contrário
com o ponta. Caso a armação seja feita no centro da quadra, deve-se dar a
orientação de que troquem passes mais perto do meio do campo, evitando com isto
embolar o jogo e facilitar o corte dos passes pelos defensores.
Sistema Ofensivo 5:1
É um sistema com cinco
jogadores atuando à frente da área de tiro livre, eqüidistantes, e um
infiltrador (pivô) próximo da área de gol, ocupando a faixa central da baliza
onde o ângulo de arremesso é maior.
Os cinco jogadores que atuam
fora da área de tiro livre, devem receber a função de armação das jogadas,
utilizando nisto três jogadores, enquanto os outros dois, jogando nas laterais,
tentam a penetração ou combinação de fintas e finalizações com o pivô.
Tática
O pivô deve se movimentar em relação à bola,
acompanhando para o lado onde está sendo armada a jogada, procurando facilitar
o recebimento, só sair para o lado proposto ao da jogada, quando quiser criar o
vazio ou possibilitar a tabela com quem está penetrando. Sua movimentação será
junto à linha do goleiro para facilitar a execução dos arremessos especiais,
saindo somente se necessário para facilitar o recebimento da bola. É um sistema
com aplicação contra defesa nos sistemas 6:0, 4:2, 3:3 e 3:2:1.
Sistema Ofensivo 4:2
É um sistema com quatro jogadores atuando à frente da área de tiro
livre e dois infiltrando à frente da área, colocados na faixa central da
baliza, próximos da linha da área do goleiro.
Dos quatro jogadores que atuam fora da área de tiro livre, dois são
responsáveis pela armação das jogadas e se utilizam dos arremessos de longa
distância nas possíveis finalizações. Os outros dois são os pontas que atuam
nas faixas laterais da quadra, procurando participar da armação da jogada,
quando esta está do seu lado, no lado contrário procuram se desmarcar, ficando
um contra um, o que lhes possibilita a penetração pelas laterais, utilizando os
arremessos com saltos e quedas.
Tática
Os pivôs se movimentam em função da bola, lado a lado, o que está do
lado da armação da jogada, desce mais lateralmente, mas sem embolar e o outro
pode até sair um pouco, facilitando o recebimento dos passes e possibilitando a
formação de corredores. ;E um sistema com aplicação contra a defesa nos
sistemas 6:0, 5:1, 3:2:1.
ARMAÇÃO DE ATAQUE
Independentemente da tática de ataque
escolhida, há uma série de elementos que uma equipe precisa observar para
desenvolver suas jogadas com sucesso. Vamos destacar os pontos em que uma
equipe deve concentrar-se quando está no ataque:
·
precisa
apresentar bom domínio técnico das ações ofensivas;
·
deve
desenvolver sua visão periférica para perceber os jogadores em melhor posição
de finalização;
·
precisa
estar sempre em busca de gol ( ainda que sua intenção imediata não seja a
finalização, mas uma finta ou passe para o outro jogador em posição );
·
deve
tentar estabelecer uma superioridade numérica ( mais atacantes do que
defensores ) em alguns setores da quadra;
·
necessita
compreender que todos os jogadores têm a mesma importância no ataque ( não
apenas quem está com a bola mas também os demais que podem se deslocar abrindo
espaços para a finalização );
·
precisa
estabelecer uma frente de ataque o mais ampla possível ( em especial pela
atuação dos pontas, jogando pelas laterais da quadra ) para evitar que a defesa
fique fechada;
·
deve
valorizar a posse de bola, pois somente ataca a equipe que está com a bola.
1) Contra Ataque
Passagem rápida da defesa para o ataque geralmente com um jogador,
causado pela perda de bola pelo adversário.
O contra-ataque pode ser realizado:
·
por
um jogador que rouba a bola e sai sozinho ou através de um passe a longa
distância executado pelo goleiro ou por um companheiro seu.
2) Contra-ataque sustentado
Se o adversário consegue evitar a marcação do gol, pois a defesa ainda
está desorganizada. A conclusão da 2ª fase pode ser:
·
Executada
a partir do armador por meio de um arremesso de meia distância
·
Por
meio de um passe, para junto dos seis metros feito por um jogador a partir da
zona de arremesso.
3) Organização do
ataque
Se não for possível marcar o gol nas duas primeiras fases do ataque, é
recomendável a suspensão da 2ª fase e a organização do ataque. O sinal para a
passagem para 3ª fase é dada pelo jogador que está com a posse da bola,
levando-a e dirigindo-se para o meio da quadra de jogo, chamara a atenção da
própria equipe para o término da 2ª e início da 3ª fase.
A 3ª fase tem os seguintes objetivos:
·
Ocupação
dos lugares correspondentes ao sistema de ataque combinado
·
Criação
de um curto intervalo para repouso dos jogadores
·
Transmissão
de algumas ordens do treinador
·
Observação
do adversário
·
Segurança
no passe
Ataque num sistema: Ocupa maior espaço na tática ofensiva. Quando para
uma equipe não há nenhuma possibilidade de executar um contra-ataque simples,
ou sustentado, para esta equipe só interessa a 4ª fase para a marcação de um
gol.
Os sistemas de jogo no ataque são:
·
Ataque
com um pivô (3:3 ou 5:1)
·
Ataque
com dois pivôs (2:4 ou 4:2)
Estes ataques são subdivididos em:
·
Jogo
de ataque posicionado, no qual os jogadores não abandonam as suas posições, mas
sim adquirem vantagem tática por meio de um ajuste individual hábil.
·
Ataque
com trocas ou circulação, este pode ser realizado com jogo de ataque rígido, o
trajeto do jogador e a trajetória da bola estão escritos, sendo que sofrem
modificações segundo o comportamento da defesa adversária.
4) A quarta fase decorre sempre em três partes distintas:
1ª) preparação do ataque por meio de um jogo
posicionado ou com trocas e passagens rápidas da bola e ataques perigosos ao
gol adversário.
2ª) preparação da fase de finalização do
ataque com ajuda de ações táticas individuais e de grupo que são interligadas
com as passagens da bola e os movimentos de ataque.
3ª) finalização
do ataque: esta é sempre uma ação individual do jogador, para qual os
companheiros realizam o trabalho preparatório e que com uma ação técnica-tática
realiza um arremesso ao gol.
TEORIA E PRÁTICA
Para ser um bom atacante do Handebol
1.
Estude
bem seu marcador.
2.
Antecipadamente,
tenha na cabeça a jogada que executará quando receber a bola.
3.
Seja
capaz, mesmo sem olhar, de saber do posicionamento ofensivo dos seus
companheiros.
4.
Durante a
condução da bola, nunca pare para pensar o que fará com ela.
5.
Não permaneça
parado, movimente-se bastante.
6.
Mantenha-se
afastado do seu marcador.
7.
Procure
variar bastante suas ações ofensivas.
8.
Surpreenda
seu adversário com velocidade.
9.
Ameace
sempre o arremesso ao gol.
10.
Use suas
habilidades, mas não seja individualista.
11.
Apoie
seus companheiros na quadra, oriente sem ser agressivo e comemore com sua
equipe qualquer ação de sucesso.
ARMADOR CENTRAL
: É a "locomotiva" do time no ataque. Este
jogador está no centro do ataque e comanda o curso e o tempo do mesmo, deve
saber arremessar com força e ter um grande repertório de passes. Deve possuir
grande visão de jogo para se adaptar as mudanças na defesa adversária. Força,
concentração, tempo de jogo e passes certos são o que destacam um bom armador.
O armador pode ser um pouco mais baixo, porém deverá ter grande
habilidade e agilidade. É de grande significância que ele tenha experiência e
maturidade de jogo, pois cabe, principalmente, a ele, as armações e
organizações das jogadas da sua equipe. E ainda, deve servir de exemplo de
técnica e equilíbrio psicológico para toda a sua equipe.
MEIAS \
ARMADORES D\E: O
"combustível" do time no ataque. Os meias geralmente possuem os mais
fortes arremessos e são, geralmente, os mais altos jogadores do time (no masculino
variam de 180cm a 210cm e no feminino variam de 175cm a 190cm). Entretanto
existem excepcionais jogadores que são menores que a média, mas possuem
arremessos poderosos e técnica muito apurada. Estes são geralmente os jogadores
mais perigosos durante o ataque, pois os arremessos costumam partir deles ou de
outro jogador o qual tenha recebido um passe dele.
Estes jogadores
normalmente são altos e vigorosos, possuidores de grande força no arremesso em
suspensão e nos arremessos especiais. Devem dominar a recepção dos passes
rápidos, assim como dar continuidade às jogadas especiais; ter como recurso a
utilização das fintas e sua ligação às ações técnico-táticas complexas com o
pivô e arremessos ao gol.
Com seu
posicionamento afastado, são capazes de assegurar um equilíbrio defensivo à sua
equipe. Em verdade, são os primeiros jogadores a partir para a formação da
defesa, retomada da posse de bola e, por do contra-ataque.
PONTAS: Os pontas são
velozes e ágeis; e devem possuir a capacidade de arremessar em ângulos
fechados. O destaque no arremesso não é a força, mas a habilidade e pontaria,
podendo mudar o destino da bola apenas momentos antes de soltá-la em direção ao
gol.
Os pontas são
jogadores normalmente ligeiros e com corrida rápida que se encarregam do
contra-ataque e da corrida rápida para dentro e para fora da defesa adversária.
Jogando nas proximidades das pontas, tem a missão de ampliar lateralmente o
máximo possível a defesa adversária, de modo que crie maiores espaços entre os
defensores. Desta forma, proporcionam aos pivôs um posicionamento junto dos 6
metros e, aos meias, aberturas para os arremessos de longa distância.
Devem possuir:
grande qualidade na recepção do passe; capacidade de realizar passes seguros e
com intensidade, por cima da área do gol, até o outro ponta; um passe para o
pivô livre de marcação. E, por meio de fintas, proporcionar grande
periculosidade ao adversário, com seus arremessos.
PIVÔ: Seu objetivo é
abrir espaço na defesa adversária para que seus companheiros possam arremessar
de uma distância menor, ou se posicionar estrategicamente para que ele mesmo
possa receber a bola e arremessar em direção ao gol. O pivô possui o maior
repertório de arremessos do time, pois ele deve passar pelo goleiro e marcar o
gol geralmente sem muita força, impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente
rápidas.
Os pivôs
posicionam-se entre as linhas dos 6 e 9 metros, próximos à área de gol.
Normalmente são jogadores rápidos, vigorosos e de grande habilidade que o
possibilite livrar-se da marcação constante que recebe. Não se faz necessário
ao pivô deter grande estatura, em contrapartida há de ter grande ímpeto e
desejo de jogar e “furar” a marcação. Em movimentos rápidos e hábeis e com uma
posição livre, devem receber a bola com segurança e arremessar ligeiramente ao
gol.
Além dos
arremessos especiais do pivô (arremesso em suspensão, em queda, salto com
queda), eles devem dominar arremessos como: de reversão, de reversão com queda,
de percussão aérea. Deve ainda, prender pelo menos um jogador (bloqueá-lo),
ajudando os arremessos de longa distância e jogadas dos meias.
GOLEIRO: O goleiro é
vital na defesa. Um bom goleiro pode representar mais de 50% da performance de
um time.
No nível de
elite do Handebol, são fisicamente grandes, muito fortes, rápidos e com muita
concentração. Esses jogadores ainda possuem a habilidade de detectar o foco do
ataque e se adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores situados no meio
precisam ser muito fortes e altos para impedir os ataques dos meias e conter os
pivôs. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a ultima barreira ao atacante.
Ele precisa ter um reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante pretende
arremessar e habilidade de ajustar força, reflexos e total concentração
(eliminado qualquer coisa que não seja referente ao jogo) focando seu objetivo
final, a defesa. O goleiro também deve se comunicar com seu time, (pois possui
maior visão de jogo por estar fora dos lances de ataque) incentivando e
alertando a defesa; e auxiliando e orientando seus companheiros no ataque.
O goleiro não é
apenas um jogador de defesa, mas um importante armador de contra-ataques.
O goleiro tem
como principal função impedir que a bola entre pela baliza caracterizando assim
o gol adversário. Para realizar tal função, como os jogadores de linha, os
goleiros também necessitam de técnicas especiais de posicionamento e
deslocamento assim como qualidades físicas específicas. Há algum tempo sua
função dentro do jogo tem se estendido a iniciar ataques também.
No que se refere
a posição dos braços: Pode ser de dois tipos. Posição em “W” ou em “V”. As
pernas ligeiramente afastadas (na linha dos quadris), joelhos com pequena
flexão, braços estendidos acima da cabeça formando um “V” ou flexionados ao
lado da cabeça formando um “W”. Em ambas as posições as mãos devem estar
voltadas para frente, em direção a bola.
Obs.: É
importante que os pés não fiquem fixos no solo, pois para uma melhor
movimentação, de maior velocidade, a manutenção dos pés em ponta deixa o
goleiro em estado de alerta e apto a qualquer movimentação de pernas.
Defesas: Existem
vários tipos de defesas. Mas as mais comuns durante os jogos são as defesas em
“Y”, em “X”, embaixo e à meia-altura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário